quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Familia Andaluz em Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes “Somos peregrinos do Luxemburgo”


Foram estas palavras que levámos gravadas nos nossos lencinhos quando peregrinávamos rumo ao santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em França nos dias 17 a 20 de Maio 2013. Esta mensagem inscrita no coração de cada um/a, identificou-nos como grupo de 113 peregrinos portugueses, emigrantes no Luxemburgo, onde a Família Andaluz estava representada com varios membros,.

O que me move como peregrina
Ir ao Santuário Mariano de Nossa Senhora de Lourdes é já para mim uma peregrinação quase habitual em cada ano. Mas faço-o sempre com muita fé, alegria e esperança.
“Fé”; porque sem fé não me adiantaria lá voltar, pois a viagem não é das mais fáceis. Mas a fé que me leva ao encontro aquele lugar que Nossa Senhora escolheu para que os seus fiéis se reunissem em oração, é verdadeira e supera todos os obstáculos que podem surgir.
“Alegria”, porque é com muito júbilo que vivo e viajo com os outros peregrinos envolvidos na mesma fé, que nos une e nos leva a partilhar tantas coisas maravilhosas. Esta vivência (e redescoberta) com pessoas diferentes é uma experiencia muito rica. Ela não só alarga o meu círculo de amizades mas antes de mais me ajuda a sentir bem, a ser mais forte. A convivência partilhada em Família Andaluz e a união que sempre sinto com os outros peregrinos têm sido para mim uma das mais lindas experiências vividas ao longo destes 7 anos em que sou peregrina ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes.
 “Esperança”; porque tenho sempre confiança que tudo vai correr bem.

Colaborar na organização
A pedido da irmã Donzília tenho colaborado na organização da peregrinação. E dentro desta responsabilidade vivo muito os sentimentos, como: de alegria, de ousadia, de algum medo, de inquietação, de preocupação, etc. Desde a preparação dos guiões que orientam os peregrinos com todo o percurso da oração - Vésperas, Laudes via-sacra, e outras – até ao livro de cânticos para a oração do Rosário, e outras canções populares, passando pelo pequeno cartão com a Imagem de Nossa Senhora, com o nome de cada peregrino, tudo nos envolveu.
E durante a viagem a preocupação em estar atenta a todos, sem exceção, levou-me a viver todos esses sentimentos. E sinto que o faço com muita alegria.  

Acolhidos por Maria
Ao chegar ao santuário, podemos afirmar com o coração:
Lourdes! Santuário de acolhimento e de oração.
Ali, somos acolhidos por Nossa Senhora que nos recebe de braços abertos. E nós, seus filhos, também nos refugiamos em seu regaço.
O local é lindíssimo. A paisagem verde dividida pelo rio corrente que ao mesmo tempo refresca o horizonte, é bela. Propício à entrega total do nosso ser a Deus.

 “Estejamos atentos à Voz do Senhor quando no silêncio e no recolhimento nos aponta o caminho.”  Luiza Andaluz

Nós família Andaluz sentimos bem forte a presença Espiritual de nossa tão amada Luiza Andaluz.

Eucaristia na Basílica
Logo que chegámos fomos convidados a participar na Eucaristia na basílica de Santa Bernadete, celebrada em língua Portuguesa. Este ano tivemos o privilégio de ter connosco um sacerdote vindo do norte de Portugal, padre Eduardo Novo que presidiu à Eucaristia e nos agraciou com uma linda homilia: Nela recebemos a mensagem do acolhimento que Nossa Senhora faz de todos os nossos problemas. E por isso é nela que devemos confiar todas as nossas dificuldades da vida: a nossa família, os nossos filhos, as nossas dores. Ela acompanha-nos em todos os momentos; nunca nos abandona. Mas nós, como filhos, vamos até Ela e a nossa presença numerosa nesta peregrinação é a prova disso mesmo. 

Via Sacra entre intempéries
De seguida, fomos fazer a via-sacra, naquele local montanhoso, lindíssimo. Nele estão as imagens de cada estação em Bronze e que representam o caminho de Jesus para o monte do Calvário. Meditamos na Sua Cruz, na Cruz de cada um de nós.
Aí fazemos a experiência de sentirmos aquelas imagens como que a falar-nos e a ajudar-nos a viver espiritual e profundamente esses momentos. Mas, direi que, só quem a vive é que pode compreender. Este ano porém, o tempo apresentou-se chuvoso: chovia, o frio e a humidade estavam bem presentes. E estes talvez pudessem ser fatores para que muitos peregrinos não participassem. Mas não! Pois a fé que nos alimenta e guia, é bem superior a todas estas intempéries. Foi longa a nossa via-sacra, mas muito participada. Todos estávamos lá.
"Nunca devemos temer a Cruz que o Senhor oferece, porque aceitando-a  com Amor toda a Cruz leve parece."  Luiza Andaluz
Sim, foi com cansaço, mas com muita fé, que ao terminar a via-sacra, nos dirigimos para o hotel onde uma refeição quentinha e boa nos esperava.
E como não há tempo a perder, de seguida mais uma saída para participarmos na procissão de velas.

Unidos na mesma fé: Procissão de velas
E o que dizer desta celebração e manifestação de fé?
Durante a procissão é rezado o Rosário em diversas línguas. A procissão das velas é sempre para mim um momento muito importante onde me sinto diferente culturalmente de tantos outros peregrinos vindos dos 4 cantos do mundo. Porém, ao mesmo tempo sinto-me igual, porque unida na mesma fé: somos todos irmãos e na única filiação, do Pai, falamos todos a mesma língua, na linguagem da fé, do AMOR..
É nesta atmosfera de fé e de amor que nos dirigimos para o hotel onde uma noite de descanso é bem aproveitada.
Vive em paz quem sabe unir, generosamente, a sua vontade à de Deus.”  Luiza Andaluz

Dia de Pentecostes: uma nova atmosfera espiritual
E chega o domingo, o dia do Senhor! Dia de Pentecostes! Logo de manhã dirigimo-nos para a grande basílica que acolhe vinte e cinco mil peregrinos, de diferentes raças, cores e nações, adultos, jovens, doentes, vindos de todo o mundo. Todos reunidos para escutar a palavra de Deus. A presença dos sete dons do Espirito Santo, representados em símbolos de velas e levados ao altar por crianças, os evangelhos proclamados em diversas línguas, toda a aquela atmosfera espiritual comungada e partilhada por todos os irmãos reunidos no mesmo banquete, eleva-nos. Faz-nos sentir que é maravilhoso, fascinante!

A tarde de Domingo
Na tarde de domingo o grande grupo foi dividido em três grupos: um grupo foi visitar a casa de Bernadete, ver o filme, …, outro foi visitar o museu de cera, a gruta,… o outro grupo ficou com o tempo livre podendo fazer o que entendesse. Porém, todos partimos sabendo que à hora marcada lá estaríamos para participar na procissão e bênção dos doentes. E este intenso e maravilhoso dia termina com a procissão das velas.

Terminar da peregrinação:
A nossa peregrinação terminou com a Eucaristia de envio em língua portuguesa na gruta. Aos pés de Nossa Senhora, colocámos os nossos pedidos e preocupações, as nossas vidas. E cheios do Espírito Santo dirigimo-nos para o autocarro que, entretanto com ajuda dos motoristas, já tinham carregado as bagagens. E iniciamos o nosso regresso a casa, cantando cheios de emoção (entre lágrimas de felicidade) o cântico do adeus a Nossa Senhora.
A viagem é longa, tornando-se cansativa. Mas carregados de tantas emoções, alegrias e de tanta fé, nada custa.
Ao longo da viagem foi proposto um jogo formativo sobre o Antigo e o Novo Testamento, sobre a Liturgia e a História da Igreja. Senti que esta formação de forma dinâmica e lúdica se tornou engraçado e por isso acolhido por todos os peregrinos.

Partilha/Avaliação
No final foi lançado um convite à partilha sobre o que cada um viveu e sentiu no fim-de-semana em Lourdes onde rezámos, choramos e rimos, todos unidos. Não tenho palavras para descrever tal momento de partilha. A todos tocou! Foi muito rico e maravilhoso ver e ouvir crianças, jovens, e mais velhos, partilharem os seus sentimentos vividos. E com a promessa de que para o ano que vem, lá nos encontraremos de novo a mesma magia do fim-de-semana.

Dar graças
Não posso deixar de dar Graças a Deus por tudo, e de bendizer mais uma vez a nossa Mãe a quem nós dedicámos esta peregrinação.
“Nos caminhos da vida mantenhamos sempre o olhar confiante em Maria, que carinhosamente nos conduz.” Luiza Andaluz

Agradeço ao meu marido que me acompanhou. E sei que por vezes não é fácil para ele. Eu própria muitas vezes o deixo para ir ao encontro dos outros. Mas sei que só poderei ser o que sou e fazer o que faço, graças à sua presença e à sua compreensão, ao seu apoio amoroso.
Á Irmã Donzília, que tanto se empenha para nos proporcionar esta maravilhosa peregrinação, agradeço. A todos os que se ocuparam e participaram na organização desta peregrinação: o meu marido, a Isabel e o Carlos, a Clara e o António, a Emília e o Camilo, a Filomena e o Manuel, a Lucinda e o Carlos, um muito obrigado.
E um grande bem-haja a todos os que nos acompanharam e partilharam esta experiência de peregrinos.

Com entusiasmo e carinho Dores Borges

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

FAMÍLIA ANDALUZ MARCA PRESENÇA


Como é hábito, a “Família Andaluz” da Guarda reúne-se mensalmente para reflectir e partilhar, para que, vivendo o carisma e a espiritualidade da Congregação, fundada por Luiza Andaluz, possa contribuir com os seus dons, na construção do Reino.
Neste mês de Outubro, marcaram presença quinze elementos: onze leigos e quatro Irmãs, que atualmente constituem a comunidade. Após a oração de vésperas, encaminhámo-nos para o salão, onde ardia uma fogueira que nos aqueceu em todos os sentidos, qual chama a arder na amizade, acolhimento e alegria, como família que somos. Seguiu-se a apresentação do grupo, pois estavam novos elementos.
Iniciámos com a seguinte questão: como vivi neste mês, a minha vocação cristã, na qualidade de membro da Família Andaluz?
Depois, fizemos a leitura da Palavra do domingo seguinte, que foi comentada e refletida em três pontos: ambiente, mensagem e atualização de cada uma das leituras. Em seguida fez-se a partilha da Palavra, a iluminação da vida, a conclusão e a oração da Família Andaluz. Todos ficámos enriquecidos com o manjar da Palavra de Deus, conscientes de que o Senhor fará frutificar, na nossa vida, o que foi semeado.
No final foi proposto que, além desta reunião mensal, houvessem outros encontros, só para a partilha da fé. Ficou decidido reunirmos quinzenalmente: o encontro habitual da Família Andaluz, e outro para a partilha da fé.
Planeámos também, a longo prazo, o convívio de Natal, com oração de vésperas e jantar partilhado, o que a todos alegrou, pois desde há muito que este encontro é desejado. É nosso anseio que esta família cresça em dinamismo, na maturidade da fé e em número, sobretudo de gente jovem, testemunhando na sua vida, a complementaridade das diferentes vocações da Igreja.


A comunidade da Guarda

Família Andaluz, Amareleja – 9 de Outubro de 2013


Regressámos aos nossos encontros Família Andaluz, com o empenho e dedicação característicos deste grupo.
Este primeiro encontro realizou-se na Igreja. Nele, passámos a contar com a agradável companhia do nosso pároco, que será sempre, para nós, de grande riqueza eclesial e espiritual.
Pedimos juntos, a Luiza Andaluz, que intercedesse por nós, confiantes que o Senhor nos atende e fortalecerá este grupo na fé, na coragem e na confiança para avançarmos na nossa caminhada. Recitámos o Rosário, tendo todo o grupo participado nas leituras.
No final, o senhor Prior fez a sua valiosa intervenção, e pediu candidatos para a formação do grupo de acólitos que se vai iniciar na Amareleja, pois fazia questão que a iniciativa partisse do movimento Família Andaluz, o que nos deixou realmente agradados e muito felizes.
Terminámos o nosso encontro, com o chá e os bolinhos habituais, e com o nosso coração preenchido e renovado, neste recomeço de ano pastoral.


Matilde Fialho