segunda-feira, 22 de junho de 2015

Luiza Andaluz na minha vida


Dias antes do Natal de 2013, toca a campainha da minha casa: fui ver quem era. Ao abrir a porta, imediatamente percebi que eram duas senhoras de bem, pois já nos tínhamos cruzado na Igreja de Almacave, na missa das 9h00.
Com toda a alegria e boa disposição se apresentaram. Somos as Irmãs: Joaquina e Fernanda, Servas de Nossa Senhora de Fátima, suas vizinhas. Vimos desejar-lhe um Santo e Feliz Natal. Entraram, conversámos um pouco. Ao despedirmo-nos, a Ir. Joaquina desabafou e disse em voz alta: “Só por esta visita, valeu a pena sairmos de casa.” O que me deixou feliz em ouvi-la.
A partir daí foi um encontro mais próximo, mais amigo, ao ponto de me convidarem para fazer parte da Família Andaluz. Aceitei, um bocadinho de pé atrás, pois nunca tinha ouvido falar desta Congregação, ou se ouvi, já não me recordava.
Desde o primeiro encontro senti-me logo atraída, ao terceiro, levei o livro “Audácia e Serviço”, de Luiza Andaluz e ao lê-lo mexeu logo comigo. O que mais me tocou na vida de Luiza Andaluz foi a sua obediência à Hierarquia da Igreja: não fazia nada sem primeiro comunicar aos seus superiores, embora confiasse muito na Divina Providência e tudo isto porque amava muito a Deus. E foi por este grande amor ao Senhor, que deixou a sua vida de nobreza, onde nasceu e foi criada, para se dedicar aos mais pobres e crianças abandonadas. A sua humildade e confiança em Deus impressionou-me muito, pois como li no livro, a herança que os pais lhe deixaram, serviu-se dela, para o bem estar dos mais necessitados. Isto só acontece quando se ama muito ao Senhor nosso Deus.
Quando cheguei ao capítulo da existência do “Jornal Católico” (Novidades), o meu coração estremeceu, pois esse jornal está gravado na minha memória desde sempre. Foi através desse jornal que eu e o meu marido fizemos a preparação para o casamento, em Fátima.
Éramos o único casal que não pertencia ao distrito de Leiria. O meu marido veio de Setúbal e eu de Coimbra e, quis a Divina Providência, que nos juntássemos ali, em Fátima. O Senhor lá sabe porquê.
Falando da Jornada da Família Andaluz, em 25 de Abril, deste ano 2015, na qual participei com o meu marido, pela primeira vez, gostei muito ao ver a alegria das pessoas, a partilha e participação de toda a gente.
Interrogava-me: onde é que eu andei todo este tempo que nunca dei por nada, nem da existência desta Congregação? E porque só agora a conheço? O Senhor lá sabe! E não há como confiar n’Ele e na Divina Providência, como fazia Luiza Andaluz! Portanto, aqui estou pronta a continuar com toda a convicção e entrega, confiando no Senhor Jesus, em sua Mãe, Nossa Senhora e no amor que têm por todos nós. Esta graça vou pedindo, por intermédio de Luiza Andaluz.


Olinda - Lamego