Dias antes do Natal
de 2013, toca a campainha da minha casa: fui ver quem era. Ao abrir a porta,
imediatamente percebi que eram duas senhoras de bem, pois já nos tínhamos
cruzado na Igreja de Almacave, na missa das 9h00.
Com toda a alegria
e boa disposição se apresentaram. Somos as Irmãs: Joaquina e Fernanda, Servas
de Nossa Senhora de Fátima, suas vizinhas. Vimos desejar-lhe um Santo e Feliz
Natal. Entraram, conversámos um pouco. Ao despedirmo-nos, a Ir. Joaquina
desabafou e disse em voz alta: “Só por esta visita, valeu a pena
sairmos de casa.” O que me deixou feliz em ouvi-la.
A partir daí foi um
encontro mais próximo, mais amigo, ao ponto de me convidarem para
fazer parte da Família Andaluz. Aceitei, um bocadinho
de pé atrás, pois nunca tinha ouvido falar desta Congregação, ou se ouvi, já não me recordava.
Desde o primeiro
encontro senti-me logo atraída, ao terceiro, levei o livro “Audácia e Serviço”,
de Luiza Andaluz e ao lê-lo mexeu logo comigo. O que mais me tocou na vida de
Luiza Andaluz foi a sua obediência à Hierarquia da Igreja: não fazia nada sem
primeiro comunicar aos seus superiores, embora confiasse muito na Divina
Providência e tudo isto porque amava muito a Deus. E foi por este grande amor
ao Senhor, que deixou a sua vida de nobreza, onde nasceu e foi criada, para se
dedicar aos mais pobres e crianças abandonadas. A sua humildade e confiança em
Deus impressionou-me muito, pois como li no livro, a herança que os pais lhe
deixaram, serviu-se dela, para o bem estar dos mais necessitados. Isto só
acontece quando se ama muito ao Senhor nosso Deus.
Quando cheguei ao
capítulo da existência do “Jornal Católico” (Novidades), o meu coração
estremeceu, pois esse jornal está gravado na minha memória desde sempre. Foi
através desse jornal que eu e o meu marido fizemos a preparação para o
casamento, em Fátima.
Éramos o único
casal que não pertencia ao distrito de Leiria. O meu marido veio de Setúbal e
eu de Coimbra e, quis a Divina Providência, que nos juntássemos ali, em Fátima. O Senhor lá sabe porquê.
Falando da Jornada
da Família Andaluz, em 25 de Abril, deste ano 2015, na qual participei com o meu marido, pela primeira
vez, gostei muito ao ver a alegria das pessoas, a partilha e participação de
toda a gente.
Interrogava-me:
onde é que eu andei todo este tempo que nunca dei por nada, nem da existência
desta Congregação? E porque só agora a conheço? O Senhor lá sabe! E não há como
confiar n’Ele e na Divina Providência, como fazia Luiza Andaluz! Portanto, aqui
estou pronta a continuar com toda a convicção e entrega, confiando no Senhor
Jesus, em sua Mãe, Nossa Senhora e no amor que têm por todos nós. Esta graça
vou pedindo, por intermédio de Luiza Andaluz.
Olinda - Lamego