segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Testemunho sobre a Família Andaluz

Quando me pediram para escrever o meu testemunho sobre a Família Andaluz veio-me à memó-ria um tal dia 29 de Março, (de 2008) marçagão, de manhã inverno, de tarde verão” a caminho de Lamego na sequência de um convite de uma Irmã, na altura na comunidade da Guarda, o que me despertou entusiasmo e expectativa. Não é tempo para pormenores sobre outros afectos, mas foi e continua a ser tempo de descoberta da vida e obra da Madre Luiza Andaluz, de quem há anos tinha recebido um “cartão-de-visita” através de uma Serva, e também tempo de descoberta do seu carisma nos tempos que vão correndo…
É tempo de trazer à memória a Semana de Espiritualidade, em Fátima entre 10-14 de Outubro de 2008, pelo acolhimento, formação, gratidão e pelo sentir-me em casa, tal como se veio a repetir na visita a Santarém, à Casa Mãe, em 20 de Agosto de 2010 e em 12 de Fevereiro de 2011, datas que coincidiam, respectivamente, com o seu nascimento para o céu (36 anos) e para a vida (134 anos). Foi uma “peregrinação” pelos caminhos e lugares de uma Mulher e o tentar sentir, em tempos de perseguição corrosiva à Igreja, as suas inquietações, as intuições, as ale-grias, as tristezas, as contrariedades, a audácia, a confiança dinâmica, os afectos, o silêncio oran-te, o serviço aos mais pobres, o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo Sacerdote, a procura da Sua Vontade e o “faça-se”.



Toca-me a fecundidade da sua obra, ou melhor “as maravilhas de Deus” e, claramente o seu Ser e, permitisse Deus que, em mim, no dia-a-dia, em pequenos gestos, se fosse concretizando a sua provocação à santidade.
Mas em que medida estas experiências à luz da vida da Luizinha, como carinhosamente lhe tenho ouvido chamar, me têm ajudado a encontrar-me e a relacionar-me com Cristo?
Na relação com as Irmãs tenho aprendido o acolhimento, a disponibilidade, o empenho, o servi-ço e o espírito de entrega aos outros e a Deus.
Os encontros mensais têm sido uma brevíssima pausa no meu corrilório diário para um espaço de oração e de formação. Porém, há dias em que vou tão “sobrecarregada” interiormente que mal consigo aterrar e o “trabalho de casa” a precisar de ser digerido! Estes encontros são tam-bém um tempo de partilha com outros leigos que nos enriquecem através das experiências de vida diferentes no seguimento a Cristo.
O pouco que aprendo e o muito pouco que vivo só Cristo pode avaliar, mas entrego nas Suas mãos a minha gratidão, inquietações, faltas, anseios que vão no meu coração para que sejam purificados e postos ao serviço dos irmão em Cristo. Não resisto a pedir, por intercessão de Lui-za Andaluz, que Deus me abra os caminhos e toque o meu coração para os seguir.

O caminho faz-se caminhando…

Guarda, Agosto de 2011
Maria José Cipriano

Sem comentários:

Enviar um comentário