Luxemburgo, 11 de Janeiro de 2016
Tema 6: Um olhar
sobre a nossa casa comum
Iniciámos o nosso encontro com a partilha e a vivência do Natal e do Ano
Novo. Ficam aqui alguns testemunhos:
- Partilha em Família
"Foi uma partilha rica em família mas com muito pouco espaço para o
aniversariante. O espírito natalício, como, por exemplo, o ir à missa faltou.
Se há convidados em casa é difícil conjugar o receber e o termos de nos
deslocar para ir à missa."
"Queria celebrar o Natal com a Eucaristia mas a igreja mais próxima de
onde residimos estava fechada."
"Fomos à missa e depois é que abrimos os presentes."
"Passamos em família e em diálogo."
"Dei-me conta que temos uma qualidade de vida
invejável, rezámos junto ao presépio, cantámos ao menino, partilhámos, comemos.
Todas estas facetas não estão ao alcance de muitas pessoas."
Concluímos este momento com a convicção de é
importante expressarmos o que sentimos junto das nossas famílias. A necessidade
de propor o que consideramos essencial, sem nos omitirmos, respeitando quem tem
outras maneiras de pensar. Frases que podem ajudar a iniciar o diálogo, a abrir
horizontes e que nos ajudam a sermos coerentes; para mim é importante esta
dimensão do Natal …. gostava que pudéssemos rezar, cantar …
- Desenvolvimento do tema
2° Capítulo da Encíclica
"Louvado Sejas".
Dividimos o grupo em dois, cabendo a cada um a primeira ou a segunda parte
do texto.
Frases que mais nos
interpelaram:
"Quando se propõe uma visão da natureza unicamente como objecto de lucro
e interesse, isso comporta graves consequências também para a sociedade",
temos de ter respeito pelo outro e pela natureza.
"O constante desenvolvimento da criação exige a contínua obra do
Espírito Santo e a cooperação humana" - se nos unirmos em oração e com uma
fé constante, viveremos em comunhão, escutaremos o outro, seremos mais fortes,
sendo responsáveis.
"Cada ser criado tem um propósito dado por Deus, revela a bondade e
generosidade de Deus,” uma comunhão que nos move a um respeito sagrado, amoroso
e humilde.
"Como cristãos, somos chamados a exercer essa responsabilidade
seguindo o exemplo de Jesus, que convidou as pessoas a contemplarem a bondade e
a beleza do mundo, a viver em harmonia com a natureza”… tomámos maior
consciência deste chamamento e da nossa responsabilidade. Só desta forma
seremos capazes de enfrentar as causas humanas desta crise.
Alguns excertos do nosso
diálogo
Vivemos numa sociedade em
que é cada um por si, não se pensa no outro, não cultivamos a empatia e vivemos
cada vez mais na indiferença.
Deus criou tudo e nós
temos de respeitar a criação como respeitamos as obras de arte, pois ela é
valiosíssima.
Falamos no pecado que tudo destrói, começando por destruir a confiança;
este foi o exemplo agora com os refugiados e os actos de violação. Deixamos de
ver o outro e passamos a julgá-lo; temos de nos deixar iluminar pelo amor de
Deus!
- Sugestões:
A encíclica chama à colaboração dos saberes, científico e religioso e de
todos para ultrapassarmos a crise ecológica. Convida a uma mudança de
mentalidade que passa por uma nova visão da vida e da criação entendidos como
dons de Deus. Como tal, exigem um respeito sagrado, somos chamados a ser
cuidadores e guardiães responsáveis. Isto implica uma modificação dos nossos
hábitos e comportamentos de consumo, a uma sobriedade de vida de modo a não
deteriorar a obra de Deus.
Trabalhar e rezar para preservar a nossa casa! Dialogar, chamar à
responsabilidade os políticos das nações, seguir o exemplo de vida de Jesus.
Vimos depois o Vídeo Bless the Lord, que muito
nos agradou, ajudando-nos a louvar a Deus pelas maravilhas do seu amor na criação.
- Na vida e na Igreja
Ficou o desafio de partilhar
estas sugestões, indo ao encontro dos outros. Assim como de continuarmos a ler
a Laudato Sí e a sublinhar o que mais nos interpela.
Terminámos o encontro com a Oração da Família
Andaluz.
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